Defesa aposta em piora de saúde para pleitear prisão domiciliar após início de cumprimento da pena

Advogados da defesa de Jair Bolsonaro afirmam que o ex-presidente não suportará ficar muito tempo na Papuda e que uma piora em seu estado de saúde — um “piripaque”, nas palavras dos defensores — será o motivo para voltar ao regime domiciliar.
Segundo reportagem do Diário do Centro do Mundo, os defensores apontam ao menos seis cirurgias abdominais que Bolsonaro sofreu após a facada, além de um procedimento para refluxo, desvio de septo, quatro operações por obstrução intestinal e erisipela, como elementos que invocam risco de saúde grave.
A expectativa da defesa é que, logo após a transferência para o presídio (já sinalizada pelo ministro Alexandre de Moraes), qualquer indício de agravamento levará ao deferimento de pedido de prisão domiciliar. Mas eles admitem que o primeiro pedido deve ser negado, forçando-os a usar laudos médicos como evidência para reverter a situação.
A ida para a Papuda, por sua vez, já está sendo preparada: o GDF e o STF fizeram vistorias no local onde Bolsonaro cumpriria pena de 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado.
A defesa entende que se o cenário se confirmar, Bolsonaro será obrigado a “passar por um teste” de cumprimento em cela especial, similar ao usado no caso de Fernando Collor de Mello, antes de migrar para prisão domiciliar.

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