Redação

De acordo com documento enviado recentemente pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro deve iniciar regime semiaberto em 23 de abril de 2033. A previsão de liberdade condicional, por sua vez, está marcada para 13 de março de 2037 — enquanto o cumprimento integral da pena ficaria programado apenas para 4 de novembro de 2052.

A condenação de Bolsonaro soma 27 anos e 3 meses de prisão — por envolvimento no plano de golpe de Estado e outros crimes graves. A ordem de execução da pena foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no fim de novembro.

Segundo o documento, o cálculo leva em conta o tempo já cumprido desde a prisão preventiva decretada após o 8 de Janeiro — e inclui o período em que Bolsonaro esteve em prisão domiciliar, embora haja dúvidas sobre a contagem desse intervalo.

As datas, no entanto, não garantem regressão automática de regime nem liberação antecipada. A própria Vara destaca que benefícios como semiaberto e condicional dependem de comportamento carcerário, trabalho e avaliação disciplinar — e que atrasos ou punições podem alterar o cronograma.

A perspectiva de progressão de regime já provocou reações de setores da direita radical — que insistem em deslegitimar a condenação e preparam articulações políticas na sigla do ex-presidente. Por outro lado, organizações sociais e de direitos humanos veem o calendário como uma chance de provar que impunidade não será dada — mas avisam: é hora de seguir vigilantes.

Com essa contagem, o que já era concreto na pena do ex-chefe tornou-se um calendário público de derrota política e simbólica para a “Organização Criminosa Bolsonaro”. O aviso está feito: a conta chega com data marcada — e o relógio da justiça não perdoa.