Ministros votam pela responsabilização de oficiais pela falha na proteção dos prédios dos Três Poderes — pena sugerida ultrapassa 16 anos de prisão

A Justiça da Argentina decidiu, na quarta-feira (3 de dezembro de 2025), pela extradição de cinco brasileiros condenados por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão atende a pedido formulado pelo governo brasileiro, via Alexandre de Moraes, relator dos processos no Supremo Tribunal Federal (STF).

Quem são os condenados e o que pesa contra eles

Os condenados que serão extraditados são: Joelton Gusmão de Oliveira, Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, Joel Borges Correa, Wellington Luiz Firmino e Ana Paula de Souza — cujas penas variam de 13 a 17 anos de prisão. Todos foram condenados no Brasil por envolvimento nos crimes relacionados ao 8 de janeiro.

Eles estavam detidos na Argentina desde o final de 2024, após tentativas de fuga para o exterior. Depois da decisão da justiça argentina, a extradição depende de formalização e assinatura do governo do presidente argentino Javier Milei.

O que a decisão significa

Com a determinação de extradição, o Brasil reforça que não abrirá brechas para impunidade nem acolherá foragidos de crimes graves contra a democracia. A medida representa uma resposta institucional firme aos ataques de 8 de janeiro — e uma sinalização clara de que crimes antidemocráticos terão consequências.

Por outro lado — já previsto por advogados dos condenados — existe possibilidade de recurso na justiça argentina, o que pode atrasar a transferência. Caso os recursos sejam negados, as autoridades brasileiras deverão retomar a custódia dos condenados para cumprimento de pena no Brasil.

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