Em meio ao rompimento com o governo, presidente do Senado arma ofensiva legislativa

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, causou tremor institucional ao levar ao plenário uma agenda explosiva, em meio a uma crise aberta com o Palácio do Planalto. O movimento foi visto como recado direto à base governista após o afastamento do líder do governo no Senado, Jaques Wagner, e a deterioração das relações com o Executivo.

Segundo reportagem da CartaCapital, a tal “pauta-bomba” envolve projetos com impacto fiscal elevado e simbólico que podem comprometer o teto de gastos e as prioridades da agenda social. Alcolumbre marca posição: “o plenário vai decidir”, afirmou interlocutores ouvidos por parlamentares. A manobra coloca o governo numa encruzilhada entre controlar o processo ou abrir mão do comando legislativo.

A ofensiva tem duplo efeito: primeiro, mina a narrativa de que o governo detém controle solto da agenda no Congresso; segundo, faz emergir a força parlamentar autônoma — ou melhor, a crise de comando que define a guinada da velha política. Para o campo progressista, este episódio revela que o eixo “Planalto decide / Congresso obedece” está em colapso. A frase-chave “pauta-bomba de Alcolumbre” sintetiza o novo ciclo: disputa de poder aberta e sem freio.

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