Durante uma visita aos Estados Unidos, o deputado Eduardo Bolsonaro repercutiu com tom irônico a aproximação entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. Em um vídeo publicado no X (antigo Twitter), Eduardo aparece ao lado do aliado Paulo Figueiredo, comentando que há uma narrativa exagerada de que “Trump ama Lula”.

A manifestação soa como tentativa de reação simbólica a um momento de afastamento: ele e Figueiredo chegaram a ser vistos como interlocutores brasileiros com Washington, mas agora veem esse espaço se reduzir.

No vídeo, Figueiredo chega a afirmar: “Para quem falou que fomos escanteados, essa narrativa cai”, ao se referir à ideia de que a diplomacia brasileira se aproxima cada vez mais de Lula. Eduardo complementa com ironia ao mencionar que “essa química” entre Lula e Trump estava sendo exaltada por alguns — como se fosse motivo de preocupação para ele.

O episódio escancara um racha simbólico entre ala bolsonarista e as novas dinâmicas de protagonismo brasileiro no exterior. Eduardo tenta restabelecer presença em esfera internacional, mas enfrenta um cenário doméstico em que suas narrativas perdem terreno frente à virada diplomática do governo Lula.