Termina hoje prazo para o Banco Central justificar liquidação do Banco Master ao TCU
BC enfrenta pressão institucional e respostas adiadas em meio a questionamentos sobre a medida

O prazo dado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para que o Banco Central (BC) apresente formalmente os fundamentos da liquidação extrajudicial do **Banco Master S.A.** termina nesta segunda-feira (29), levantando expectativas sobre os próximos passos da principal crise regulatória do sistema financeiro brasileiro nos últimos meses.
A decisão de liquidação do Banco Master foi tomada pelo BC em 18 de novembro de 2025, em meio a investigações de fraudes e irregularidades bilionárias no banco, cuja direção foi alvo de operações da Polícia Federal e prisões envolvendo seu controlador, Daniel Vorcaro. A medida provocou forte reação do mercado e introduziu um clima de incerteza jurídica sobre as decisões dos órgãos reguladores.
O ministro do TCU Jhonatan de Jesus havia estabelecido um prazo de 72 horas para que o BC entregasse a documentação que justificasse tecnicamente a liquidação, especialmente no que se refere à avaliação de outras alternativas de mercado, como uma proposta de aquisição estimada em R$ 3 bilhões, e à cronologia dos eventos que culminaram na decisão, entre eles a prisão do controlador do banco. No entanto, o envio foi adiado em função do recesso do tribunal, que suspendeu o cálculo dos prazos processuais no período de festas.
Mesmo com o adiamento, a presença de questionamentos formais por parte das cortes de controle e da Suprema Corte tem intensificado o debate institucional. Uma acareação com participação do diretor de Fiscalização do BC, Aílton Aquino, está marcada para ocorrer no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (30), em uma movimentação que especialistas jurídicos consideram incomum para casos dessa natureza.
Até o momento, o BC sustenta que a liquidação foi necessária para proteger o sistema financeiro nacional diante de evidências de irregularidades que poderiam representar risco sistêmico, incluindo carteiras de crédito fictícias e condutas vedadas no balanço da instituição. Por outro lado, a corte de contas questiona se todos os instrumentos de resolução menos disruptivos foram devidamente considerados antes da ruptura.
As repercussões vão além do âmbito técnico. O processo de liquidação ainda não formalizou a lista de credores junto ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que significa que o pagamento dos ressarcimentos aos correntistas e investidores — estimado em até R$ 41 bilhões, com cobertura de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ — deve ser adiado para 2026.
Além disso, entidades financeiras emitiram notas públicas em apoio à atuação do Banco Central, alertando que rever decisões técnicas de órgãos reguladores poderia desestabilizar o ambiente de regulação financeira no país. A tensão entre autoridade técnica e a atuação do TCU e do STF segue no centro do debate político e econômico.

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