Senador tenta se distanciar da postura do pai; relatórios apontam envolvimento dele em esquema negacionista e irregularidades nas políticas sanitárias

Nesta terça-feira (9 de dezembro de 2025), o senador Flávio Bolsonaro voltou a afirmar publicamente que tomou a vacina contra a Covid-19 — em contraste com a rejeição sistemática do imunizante por parte de seu pai, o ex-presidente.

A declaração, no entanto, não evitou a avalanche de questionamentos: relatório da CPI que investigou políticas sanitárias aponta que o parlamentar teve participação efetiva numa rede negacionista, que propagou desinformação sobre vacinas e defendeu tratamentos ineficazes contra a pandemia.

Fontes ligadas à investigação afirmam que o grupo ao qual Flávio estaria associado via ligações entre parlamentares, influenciadores e agentes públicos, teria atuado para sabotar medidas de saúde pública, causando danos profundos à resposta nacional contra a Covid-19 — o que traz à tona uma contradição ética: o político que reivindica ter se vacinado aparece vinculado a um movimento que boicotou a vacinação de milhões de brasileiros.

Para críticos da ala bolsonarista, o episódio expõe uma tentativa de rebranding: usar o discurso da “moderação” e da “vacinação individual” para limpar a imagem diante da opinião pública, ao mesmo tempo em que se busca manter redes de influência que sustentam retrocessos sanitários e ideológicos.

O novo capítulo da biografia política de Flávio reacende o debate sobre responsabilidade individual e coletiva: tomar a vacina é ato pessoal — mas participar ou apoiar redes que minaram a saúde pública no Brasil é escolha que pesa para todos nós, brasileiros.

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