Reação do mercado — com queda forte da Bolsa e alta do dólar — revela que a escolha de Flávio Bolsonaro para 2026 abala confiança institucional e acentua instabilidade econômica

Nesta sexta-feira (5), o anúncio da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República provocou uma reação aguda no mercado financeiro brasileiro: o Ibovespa despencou cerca de 4,3 %, a pior queda em um único pregão desde 2021, enquanto o dólar comercial disparou acima dos R$ 5,40 — oscilação atribuída diretamente ao chamado “efeito Flávio”.

Desde o anúncio do nome como candidato oficial do bolsonarismo — com o aval do pai, Jair Bolsonaro — investidores reagiram com apreensão perante o que interpretam como risco à governabilidade e à continuidade de estabilidade macroeconômica.

Mercado em pânico: medo de incerteza política e retrocesso

A disparada do dólar e a queda do Ibovespa não foram movidas por fatores externos — como crises internacionais ou dados econômicos negativos —, mas por uma percepção de risco político interno. A nomeação de um nome polarizador como Flávio, pouco conhecido por compromisso fiscal ou moderação, foi o gatilho. Para grande parte do mercado, a aposta era num nome “mais técnico e moderado”, capaz de oferecer previsibilidade — como o governador Tarcísio de Freitas.

A queda brusca nas ações e a valorização do dólar refletem o recuo na confiança de setores econômicos e financeiros, que temem pressões inflacionárias, fuga de capitais e desvalorização da moeda com eventual instabilidade política.

Implicações políticas: quando a direita perde o controle até no mercado

Para nós — que lutamos por soberania, justiça social e responsabilidade institucional — esse momento revela um ponto crucial: a direita vassalocrata não apenas está em crise moral e política, mas também virou sinônimo de risco econômico. Quando o nome escolhido para tentar manter o poder gera pânico nos mercados, fica claro que faltam legitimidade, credibilidade e projeto de país.

O “efeito Flávio” expõe que não há base concreta — nem compromisso com estabilidade — por trás da narrativa conservadora. A tentativa de manter o clã no poder, mesmo condenado, não é apenas um resgate do autoritarismo: é um desastre em perspectiva econômica e social.

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