Senador do PL afirma que retirará candidatura de 2026 somente se seu pai, condenado por golpismo, for “liberado para concorrer”

O senador Flávio Bolsonaro declarou publicamente, neste domingo (7), que só abrirá mão de sua pré-candidatura à Presidência da República se Jair Bolsonaro estiver “livre, nas urnas”. A afirmação, dada em entrevista à TV Record, revela que o projeto eleitoral bolsonarista continua atrelado a um nome condenado e preso por tentativa de golpe.

Flávio disse que seu “preço é justiça” — não apenas consigo mesmo, mas com milhões de brasileiros que, segundo ele, estariam “sequestrados” junto com o ex-presidente. A fala escancara a lógica de chantagem política que orienta seu nome como candidato, em um gesto claro de manipulação da memória coletiva e institucional.

Entre chantagem e impunidade: o que está por trás da fala

Ao condicionar sua desistência à anistia ou liberação eleitoral de Jair Bolsonaro, Flávio instrumentaliza a candidatura para preservar um projeto vassalocrata que já foi derrotado nas urnas — e condenado pela Justiça. Esse tipo de “negociação” revela o desespero da cúpula bolsonarista em se manter relevante, mesmo após anos de golpes, ameaças à democracia e encenação pública de “guerra cultural”.

Não se trata apenas de disputa eleitoral — trata-se de tentativa de reescrever a história e reabilitar um projeto autoritário sob o manto da “justiça” para simpatizantes. Flávio tenta transformar anistia e inaplicabilidade de condenações em moeda política. Isso não ameaça apenas adversários: ameaça a institucionalidade e a lógica republicana.

Reação imediata: denunciação, descrédito e alerta democrático

A declaração de Flávio provocou reações rápidas no mundo político. Entre opositores, há consenso: a fala evidencia o grau de decadência moral e ética do grupo — e reforça a necessidade de vigilância permanente contra tentativas de impunidade.

Para quem defende justiça social, igualdade e soberania democrática — como nós —, esse anúncio não é uma simples manchete. É um grito de alerta: a democracia e a memória popular não podem ser negociadas em troca de ambição nem de chantagens.

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1 comentário em “Flávio Bolsonaro condiciona desistência a “Bolsonaro livre nas urnas”

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