Metade dos brasileiros rejeita candidato indicado por Bolsonaro — Datafolha revela crise da direita
Levantamento revela que 50% do eleitorado descartaria qualquer nome endossado por Bolsonaro, expondo a fragilidade da base conservadora para 2026

Segundo o mais recente levantamento do instituto Datafolha, publicado neste fim de semana, metade dos brasileiros afirmaram que não votariam em nenhum candidato indicado ou apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Esse dado marca um recuo expressivo na capacidade de transferência de votos atribuída ao bolsonarismo — pilar histórico da direita nacional.
De 2.002 eleitores consultados entre os dias 2 e 4 de dezembro em 113 municípios, 50% responderam “não votaria de jeito nenhum”. Outros 26% disseram que votariam com certeza; 21% afirmaram que “talvez votem”; e 3% preferiram não responder.
Esse resultado evidencia o tamanho da rejeição: a simples menção de apoio de Bolsonaro já se tornou fator de desgaste. O chamado “efeito Bolsonaro” — que por anos serviu como garantia eleitoral da extrema-direita — parece estar perdendo força à medida que o eleitorado recua.
Fragmentação e nomes em baixa na disputa de 2026
Dentro do campo conservador, a rejeição generalizada complica a costura de uma candidatura competitiva. Quando questionados sobre quem seria o nome mais indicado para disputar a Presidência em 2026 com apoio de Bolsonaro, os resultados também impressionam pela fragilidade:
- Michelle Bolsonaro aparece como a preferência para 22% dos entrevistados.
- Logo atrás, Tarcísio de Freitas (Republicanos) pontua com 20%.
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ) surge com apenas 8%.
- Demais nomes como Eduardo Bolsonaro, Ratinho Jr. e outros lideranças conservadoras têm apoio inferior — insuficiente para consolidar uma alternativa viável.
Mesmo os mais cotados não conseguem superar a barreira de repúdio construída no eleitorado. A rejeição sistêmica a qualquer nome vinculado diretamente a Bolsonaro revela que o bolsonarismo enfrenta não apenas derrota pontual, mas uma crise estrutural de legitimidade.
A dimensão política do recuo
Os dados do Datafolha não são apenas estatísticas — carregam um recado claro: o eleitorado está se distanciando da marca Bolsonaro e da extrema-direita vassalocrata. Isso enfraquece o bloco conservador e fortalece o espaço da esquerda democrática, que se apresenta como alternativa real de reconstrução social e institucional.
Em um cenário onde o ex-presidente está preso e inelegível por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o alto índice de rejeição indica que a “limpeza” simbólica do bolsonarismo pode estar sendo imposta pelas urnas — não apenas por decisões judiciais.
Além disso, a dispersão dos votos dentro da direita sugere que o projeto de reunificação conservadora corre risco de implodir antes mesmo da campanha de 2026. A fragmentação, aliada à rejeição, reduz drasticamente as chances de um candidato de direita conquistar competitividade séria.
Por que isso interessa à luta por justiça social e democracia
Para quem combate o autoritarismo, o fanatismo e a desigualdade política — como nós — esse dado é um sinal de esperança. Ele mostra que a fala dos poderosos perdeu eco, que a impostura — por força ou dinheiro — já não se sustenta como antes.
O vigor do recado dado pelo eleitorado demonstra que a memória social, a indignação pelos ataques à democracia e a consciência dos crimes cometidos pelo bolsonarismo repercutem — e isso pode definir o futuro político do país.
Se permanecerem unidos e mobilizados, os lutadores por justiça social e igualdade têm diante de si uma janela para consolidar uma hegemonia democrática: com representações que defendam direitos, soberania popular e transformação real — não nostalgia de opressão.

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