Governo Lula aposta em revogação de sanções de Trump contra autoridades brasileiras
Governo Lula aposta em revogação de sanções de Trump contra autoridades brasileiras

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aposta seriamente na revogação sanções EUA Brasil contra autoridades brasileiras — uma ofensiva diplomática que ganhou novo impulso após a escalada de agressões unilaterais promovidas pelo governo Donald J. Trump. A expectativa de Brasília é que, em breve, Washington reverta sanções que têm como alvo membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares, como parte de uma estratégia de reconciliação institucional — mas também de reafirmação da soberania nacional.
Em 30 de julho de 2025, os Estados Unidos impuseram sanções ao magistrado Alexandre de Moraes, com base no Global Magnitsky Human Rights Accountability Act (Lei Magnitsky), acusando-o de supostos graves “abusos de autoridade” e “violações de direitos humanos”. Pouco depois, as penalidades foram ampliadas para incluir a esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, e uma empresa ligada à família — um ataque flagrante à independência do Judiciário e ao direito de os brasileiros decidirem seus próprios destinos.
A sanção foi justificada por Washington como resposta à atuação de Alexandre de Moraes na condução do julgamento de acusados de conspirar por um golpe — um julgamento legítimo conduzido por tribunais brasileiros. A comunidade internacional minimamente preocupada com justiça sabe que a aplicação da Lei Magnitsky para punir juízes de Cortes supremas estrangeiras é um precedente perigoso. Organizações como a Transparency International consideraram a medida como um uso “alarmante e inaceitável” da lei, transformando-a de instrumento de justiça em arma de pressão política.
Diante deste quadro, o governo Lula elevou a retirada dessas penalidades ao patamar de prioridade diplomática. Em reunião com Trump e interlocuções diretas entre diplomatas dos dois países, Brasília defendeu que a manutenção das sanções representa ofensa à soberania nacional e interferência inaceitável nos assuntos internos.
Do ponto de vista geopolítico, a aposta na revogação não é gesto de subserviência, mas afirmação de autonomia. A tentativa de Trump de condicionar a normalização das relações à submissão institucional do Brasil — ou à capitulação simbólica do STF — expõe o caráter colonialista de seu governo: impor sanções, tarifas e constrangimentos, na tentativa de domesticar um país soberano. Reverter essas sanções seria um passo simbólico e prático contra essa lógica de vassalagem internacional.
Para quem luta por justiça social e soberania, a “revogação sanções EUA Brasil” representa mais que uma questão diplomática: é demonstração de dignidade nacional. Significa que o Brasil não aceitará tutela estrangeira sob a justificativa de “direitos humanos seletivos” ou “preocupações com democracia”. Significa que nossas instituições não serão moeda de troca.
No âmbito interno, a ofensiva diplomática ganha apoio popular — muitos brasileiros veem as medidas de Washington como punição política e tentativa de intimidar quem defende a lei e a ordem democrática. A convicção pública de que essas sanções visam favorecer a agenda dos antigos golpistas contribui para fortalecer a narrativa de resistência contra o imperialismo e as tentativas de ingerência externa.
Ainda não há data oficial para uma possível revogação — tudo depende da disposição de Trump em negociar o reset das relações com o Brasil. Mas a mobilização de Brasília, somada ao contexto de desgaste internacional para os EUA diante de sua escalada de agressões, gera otimismo no Planalto.
Enquanto isso, no Brasil, políticos progressistas, juristas independentes e movimentos populares acompanham atentamente os desdobramentos dessa disputa geopolítica. A esperança de que a “revogação sanções EUA Brasil” se concretize é, para muitos, sinônimo de reafirmação da soberania, respeito institucional e dignidade nacional — pilares de uma política externa verdadeiramente soberana, justa e alinhada aos interesses do povo.
