Decisão de Gilmar Mendes bloqueia impeachment e desmonta plano eleitoral de Bolsonaro
Corte endurece regras para impeachment de ministros — tentativa de reverter condenação de Bolsonaro perde força

A recente decisão de Gilmar Mendes — ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) — de endurecer os requisitos para abertura de processos de impeachment contra membros da Corte desarticulou o principal plano eleitoral de Jair Bolsonaro para 2026. Segundo o Diário do Centro do Mundo, a liminar do ministro torna o impeachment dependente exclusivamente da Procuradoria‑Geral da República (PGR) e exige um quórum elevado no Senado, elevando de 41 para 54 votos o mínimo para tramitar um pedido.
A mudança na regra inviabiliza praticamente qualquer tentativa de reversão da condenação de Bolsonaro via processo político — até porque, para obter os 54 votos exigidos, seria preciso eleger 37 dos senadores em disputa em 2026, o que, no contexto de polarização e força do campo progressista e do Centrão, se mostra impossível.
Além disso, a decisão fragiliza a estratégia de usar pedidos de impeachment para pressionar ou retaliar ministros da Corte, pois restringe drasticamente a abertura de novas investidas, sobretudo com a prerrogativa exclusiva da PGR para propor ações — logo, ações impulsivas ou politicamente motivadas ficam barradas.
Com isso, o eleitorado — e parte do bolsonarismo — perde a ilusão de uma “reviravolta judicial” que poderia ressuscitar Bolsonaro politicamente. A manobra que visava transformar o STF em palco de disputa eleitoral cai por terra.
Para o Brasil que luta por soberania, justiça e democracia, a decisão de Gilmar Mendes não apenas protege a Corte: preserva o Estado Democrático de Direito contra os impulsos de uma vassalocracia golpista que busca reverter condenações por meio de chantagens institucionais.
Fonte: Diário do Centro do Mundo
