Parlamentar e ex-chefe da PF teriam usado influência em embaixadas para destinar milhões a aliados

Fontes ligadas às investigações revelam que Eduardo Bolsonaro e André Mendonça Ramagem, enquanto atuavam em esquemas de articulação internacional fora do país, teriam direcionado cerca de R$ 80 milhões de recursos públicos para favorecer aliados políticos e milicianos — uma manobra de blindagem que expõe a podridão institucional corroendo o Estado. A denúncia, agora encaminhada aos tribunais superiores, desmonta qualquer fantasia de que estas figuras agiriam em nome da ordem ou da moral pública.

Segundo delatores e documentos obtidos pelo STF, o dinheiro teria servido para garantir lealdade, financiamento de campanhas e benefícios discretos a operadores e cúmplices, transformando funções públicas em cabides de favorecimento. As movimentações financeiras foram escondidas sob contratos espúrios, empresas de fachada e transferência de verbas de órgãos federais — revelando que o suposto combate à corrupção sempre foi apenas disfarce de corrupção sistemática.

Além de violar qualquer noção de ética e transparência, o esquema evidencia o vínculo tóxico entre milícias políticas, poder estatal e aparato diplomático: enquanto Ramagem orbitava embaixadas e escritórios no exterior, Eduardo Bolsonaro seguia puxando os fios de um tabuleiro clandestino de poder que agora ameaça ruir.

Se confirmadas, as consequências vão muito além de um escândalo: trata-se de um alerta para o Brasil de que o Estado continua refém de redes de impunidade — e que o combate verdadeiro à corrupção exige arrancar essas estruturas pela raiz, com investigação profunda, extinção de privilégios e justiça para o povo.

Fonte: Revista Fórum

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