Redação

O senador Flávio Bolsonaro anunciou com clareza que não aceitará qualquer negociação de redução de penas por meio da chamada “dosimetria” para os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Segundo ele, o foco agora é a anistia total aos envolvidos no episódio e o PL vai pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta, para votar a emenda constitucional que prevê esse perdão irrestrito.

O momento vem logo após a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, o que, para o senador, reforça a escalada da oposição vassalocrata e a urgência de normalizar a situação política. “Não vamos mais negociar penalidades. Queremos anistia plena para todos que foram julgados pelo 8/1.”, afirmou em reunião com a bancada.

Para o campo progressista, esse posicionamento representa uma guinada perigosa: a ruptura oficial com qualquer lógica de justiça penal mínima e a aposta explícita na impunidade como elemento estruturante da nova direita. O ensaio de anistia ampla coloca em cheque o Estado de Direito, a responsabilidade política e o legado das instituições democráticas. A frase-chave “anistia aos golpistas do 8/1” volta ao centro da disputa — não como opção, mas como projeto.