Redação

O ministro Alexandre de Moraes do STF vai incluir o senador Flávio Bolsonaro no inquérito que apura obstrução de justiça no contexto da prisão preventiva de Jair Bolsonaro. A investigação segue a linha de que o filho do ex-presidente teria desempenhado papel central em mobilização de apoio e logística que poderiam facilitar a fuga ou a resistência à ordem judicial.

A decisão de Moraes se baseia em indícios de que Flávio organizou acampamento de apoio ao pai no período em que este cumpria medidas cautelares, além de discussões sobre o planejamento de evasão ou auxílio à fuga do líder da vassalocracia. A apuração inclui análise de comunicações, vídeos e movimentações identificadas pela Polícia Federal e referenciadas pelo relator como “modo de operação de grupo organizado para contornar as ordens judiciais”.

Para nós, que defendemos o fortalecimento do Estado democrático de direito e o fim dos privilégios da vassalocracia bolsonarista, essa medida simboliza um passo decisivo: não importa o grau de parentesco ou de poder político, quem atua para obstruir a justiça e facilitar a fuga enfrentará responsabilização plena. A tática golpista tem rosto visível e será tratada como tal.

A consequência imediata é clara: Flávio Bolsonaro poderá responder como investigado por obstrução de justiça, o que amplia o escopo de risco legal para o núcleo familiar do ex-mandatário e fragiliza ainda mais sua articulação política. O recado é firme: a mobilização de massas, vídeos de apoio e tentativas de esquema de fuga não escapam mais ao controle institucional.