O senador convoca ato religioso para apoiar Jair Bolsonaro, mas o que deveria mostrar força política pode revelar o contrário: esvaziamento do aparato vassalocrata

O senador Flávio Bolsonaro publicou vídeo convocando apoiadores para uma vigília em frente ao condomínio de seu pai, Jair Bolsonaro, no sábado (22/11), às 19h, no balão do Jardim Botânico, em Brasília — segundo o próprio anúncio. O evento busca destacar “oração pela saúde de Bolsonaro e pela liberdade no Brasil”, nas palavras do parlamentar.

Entretanto, fontes no local e observadores políticos já apontam que a mobilização enfrenta sérios obstáculos: a agenda é tardia, a convocação pública limitada e não há indicações de que apareça o nível de apoio que o bolsonarismo costuma exibir. Em resumo: o ato pode dar errado por falta de público — o que seria um reflexo explícito da fragilidade crescente da base do ex-presidente.

Este episódio vai além de uma simples vigília: ele expõe como parte do aparato político liderado por Bolsonaro se apoia mais em símbolos do que em mobilização real. Quando o “grande ato” vira simbólico demais e pouco comparecimento ocorre, isso sinaliza algo maior — o enfraquecimento da máquina de lealdades que sustentava a narrativa da ruptura. E para nós, que defendemos soberania, justiça social e a responsabilização de elites: quando essa máquina perde público, a chance de mudar de verdade aumenta.

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.