Em nova fase da investigação sobre o esquema bilionário da PF, relator propôs fiança astronômica; o ministro do STF André Mendonça negou a aplicação

A Polícia Federal sugeriu a fixação de fiança de até R$ 14 milhões para o deputado e ex-ministro do governo Jair Bolsonaro investigado por envolvimento no esquema de fraudes da Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O relator do inquérito apontou que o valor se justificava diante da gravidade dos indícios.
No entanto, o ministro do STF André Mendonça negou a medida cautelar de fiança naquela quantia, optando por restrições menos severas, o que reacende o debate sobre seletividade e privilégios no tratamento de autoridades.
As investigações centradas no INSS revelam como parte de uma estrutura que teria drenado recursos públicos via entidades associadas, servidores e operadores do instituto — num golpe cruel contra aposentados e pensionistas. A PF destaca que os valores movimentados podem alcançar bilhões.
O fato de a fiança ter sido sugerida em nível altíssimo — R$ 14 milhões — revela o entendimento dos investigadores: o risco de fuga, de diluição de provas e a dimensão econômica da infração exigiam medida extrema. Mas o indeferimento pelo STF transforma a decisão em pó político — mais um tapa simbólico na cara dos que clamam por justiça social.
Para nós que defendemos um Brasil soberano, justo e livre da lógica de colônia exportadora, este episódio não é irrelevante: ele mostra como o Estado-prestador (INSS) pode virar máquina de apropriação privada, e como as instituições que deveriam puni-lo se dobram diante da elite.
Se não houver reparação concreta, se não houver prisão ou fiança efetiva, os aposentados terão mais uma derrota — e a burguesia vassalocrata continuará operando com elegância e impunidade.
Fonte: Estadão, “PF sugeriu fiança de até R$ 14 milhões a deputado e ex-ministro de Bolsonaro; Mendonça negou”.

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