Em crise interna no PL-SC, deputado federal parte para ofensiva pública contra deputada estadual e amplia tensão na base bolsonarista

A crise interna do Partido Liberal em Santa Catarina (PL-SC) ganhou novos contornos neste fim de semana. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ao sair em defesa do irmão Carlos Bolsonaro, atacou publicamente a deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) — e até um humorista ligado à parlamentar.

Campagnolo havia confirmado que a vaga ao Senado em 2026 deveria ser ocupada pela deputada Caroline de Toni, também do PL. A fala irritou Eduardo, que reagiu nas redes sociais, acusando a colega de agir por “conveniência política” e de alimentar uma disputa que enfraqueceria o bolsonarismo catarinense.

Mas o deputado foi além: lançou farpas contra o humorista Paulo Souza, conhecido apoiador de Campagnolo, dizendo que ele apenas “repete papéis decorados” para sustentar a narrativa do grupo contrário ao seu. Eduardo insinuou ainda que a atuação de Souza não seria isenta, já que o comediante mantém vínculos com o gabinete da deputada.

A polêmica estourou logo após Michelle Bolsonaro declarar apoio a Caroline de Toni, o que acendeu o alerta no núcleo bolsonarista nacional. Para Eduardo, permitir que Campagnolo e Caroline se imponham localmente representaria uma derrota simbólica para o grupo familiar.

O episódio escancara a divisão dentro do PL catarinense — de um lado, lideranças que reivindicam autonomia estadual; de outro, o comando central bolsonarista que tenta ditar candidaturas a partir de Brasília. Com ataques públicos e disputas de protagonismo, o partido mostra que está longe da unidade necessária para a corrida eleitoral de 2026.

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