Em nova fase da operação que investiga fraudes no INSS, Alessandro Stefanutto é detido e José Carlos Oliveira terá uso de tornozeleira imposto

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (13/11/2025) o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em mais uma fase da operação denominada “Operação Sem Desconto”, que investiga esquema de fraudes em benefícios previdenciários. A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão contra o ex-ministro do Trabalho e Previdência do governo Jair Bolsonaro, José Carlos Oliveira (também conhecido como Ahmed Mohamad).
Conforme relato da investigação, estão sendo cumpridos 63 mandados de busca e apreensão em 14 estados e no Distrito Federal, além de 10 mandados de prisão preventiva ou medidas cautelares.

O que está sendo apurado

Segundo as apurações, o esquema criminoso envolvia descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS, com prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Ainda de acordo com as investigações, Stefanutto já havia sido afastado em abril de 2025 após surgirem indícios das fraudes.

Por que isso importa

Do ponto de vista da justiça social e institucional:

  • Esse episódio revela que fraudes que atingem aposentados e pensionistas — grupos vulneráveis — continuam sendo alvo de redes criminosas dentro do aparelho público.
  • A prisão de uma autoridade como ex-presidente do INSS reforça a necessidade de mecanismos de responsabilização e não apenas de exposição midiática.
  • Para quem defende uma segurança institucional forte, é um alerta de que os aparatos de investigação estatal — como a PF — estão sendo utilizados por quem busca empoderamento pessoal e não proteção pública.

Conclusão

A prisão de Alessandro Stefanutto e os mandados contra figuras ligadas ao governo bolsonarista reforçam que o Brasil está diante de mais um momento de possível virada para a responsabilização de elites que operam na sombra. É hora de exigir que as investigações avancem, que todos os envolvidos sejam devidamente julgados e que o aparelho público não seja usado como instrumento de favorecimento ou esquemas ilegítimos.

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