Durante uma live transmitida nesta semana, as deputadas estaduais Julia Zanatta (PL-SC) e Ana Campagnolo (PL-SC) protagonizaram um embate direto sobre a candidatura do Carlos Bolsonaro (PL-RJ) ao Senado por Santa Catarina. O assunto já vinha causando rachas internos no partido, mas ganhou contornos públicos com acusações e intervenções.

Campagnolo afirmou que a vaga do Senado no PL-SC “já era da deputada Caroline de Toni”, acusando Zanatta de apoiar o nome de Carlos Bolsonaro como imposição externa ao partido estadual. Zanatta reagiu, defendendo que o PL nacional tem primazia e que “quem não segue diretriz nacional deve procurar outro caminho”.

O bate-papo expôs fissuras profundas no bolsonarismo catarinense: de um lado, a ala local que reivindica autonomia para definir candidaturas; de outro, a coordenação centralizada da família Bolsonaro buscando projetar seus nomes fora do eixo fluminense. Os analistas observam que o episódio sinaliza que “direita vassalocrata” está longe de marchar unida.

Para o PL-SC, o conflito eleva o risco de ruptura: ou reconciliação imediata ou poderá haver debandada de lideranças regionais para outras legendas, o que enfraqueceria a presença bolsonarista relevante em Santa Catarina.

Fonte: Revista Fórum