Em entrevista, Romeu Zema afirma que articulações internacionais de Eduardo Bolsonaro prejudicaram o Brasil e revelam vaidade política

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que também se coloca como pré-candidato à Presidência da República, afirmou nesta quarta-feira (12/11/2025) que o deputado Eduardo Bolsonaro cometeu erro grave ao “colocar um interesse pessoal acima do interesse de uma nação”.
Segundo Zema, em referência às movimentações de Eduardo nos Estados Unidos e às consequências do “tarifaço” contra o Brasil, “nenhuma pessoa é mais importante que este país”. “Ou ele não se manifestou bem ou fez algo que deu a entender isso”, disse.

O que foi dito

Zema avaliou que Eduardo Bolsonaro “errou nas articulações com os EUA” e que “não podemos colocar o direito pessoal, particular de alguém, acima do interesse de uma nação”.
O governador mineiro também lembrou que o momento exige governo de Estado, e não atuação pessoalista de quem quer aparecer ou buscar protagonismo internacional.

Por que essa crítica importa

Para a esquerda e para quem defende soberania democrática, a declaração de Zema simboliza mais do que um ataque a Eduardo Bolsonaro — denota uma crise interna crescente na direita, que aparenta dividir-se entre vaidades, disputas políticas e a governança real.

  • Quando uma figura da direita critica outra por “interesse pessoal”, expõe que o projeto político dominante perdeu o foco no coletivo e no país.
  • A crítica coloca em evidência que o bolsonarismo — via filho 03 ou via lideranças externas — segue mais centrado em ego, conflito e espetáculo do que em políticas públicas.
  • Também envia sinal claro ao eleitorado: a direita vassalocrata não está unida — e isso pode enfraquecer sua narrativa frente ao surgimento de alternativas progressistas.

Consequências práticas e políticas

  • A fala de Zema pode minar a candidatura de Eduardo Bolsonaro ao Planalto ou ao Senado, dependendo da ambição dele, pois revela falta de apoio interno.
  • A direita poderá sofrer blecaute de imagem: o eleitor que espera “direita forte, sobre valores” vê agora disputa de vaidades e traços pessoais negativos.
  • Para o campo progressista, é um momento de aproveitar: mostrar que o antagonista político já não conta com consenso, e reforçar que soberania, interesse nacional e justiça social estão do lado de outro bloco.

O cenário à frente

Com a aproximação de 2026, essa troca de farpas entre direitistas abre oportunidades:

  • O projeto alternativo de esquerda pode capitalizar o desgaste da direita estruturada em famílias e nepotismos.
  • É hora de reforçar a mensagem de que o país necessita de política séria, transparente e voltada para o povo — não espetáculo, interesse próprio ou privilegiados.
  • A atuação institucional deve ser monitorada: se esse tipo de vaidade política prevalecer, quem sofre é a democracia e a própria população.

Fonte: Metrópoles

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