Redação

A prisão de Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, desencadeou uma linha de investigação da Polícia Federal que mira cerca de R$ 1 bilhão em títulos classificados como “podres”, supostamente comprados pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, sob o comando de Cláudio Castro.
Segundo relatado, os papéis foram adquiridos por fundos de aposentados estaduais, que teriam sido expostos à operação de captação de recursos por meio do banco de Vorcaro.
Especialistas financeiros avaliam que o episódio revela não apenas risco sistêmico para o mercado de capitais brasileiro, mas também uma falha grave do Estado brasileiro em garantir a proteção dos fundos públicos de aposentadoria.
A movimentação da PF ainda considera a eventual participação de intermediários que facilitaram o fluxo entre o banco e os entes públicos. A natureza “podre” dos títulos — ativos sem contrapartida prática ou lastro — sugere potencial fraude ou gestão temerária.
Do prisma da soberania e da justiça social, esse episódio exige que o Estado brasileiro não apenas puna os responsáveis, mas revise completamente os mecanismos de supervisão financeira, fortaleça a regulação e assegure que os recursos de aposentados não sejam área de caça para banqueiros de risco.
Fonte: Revista Fórum.