Em plena contagem regressiva para a COP30, estatal obtém autorização para sondagem na Margem Equatorial e reacende o dilema entre desenvolvimento e meio ambiente

A Petrobras conseguiu nesta segunda-feira a licença ambiental que autoriza a perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-059, localizado a cerca de 175 km da costa do Amapá, na região conhecida como Foz do Amazonas (Margem Equatorial).
O projeto marca o início de uma nova fronteira petrolífera brasileira, considerada promissora e com semelhanças geológicas à área vizinha da Guiana.

Conforme o comunicado da empresa, essa primeira etapa da perfuração terá duração de aproximadamente cinco meses, e não haverá produção de petróleo nesse período — o objetivo é coletar dados geológicos para verificar se a região é economicamente viável para extração futura.
A autorização encerra um processo de licenciamento que se arrastava há quase cinco anos.

O avanço acontece num momento tenso para o Brasil. A sede da COP30 será em Belém, no Pará, em novembro, e o país pretende reforçar seu protagonismo internacional na agenda climática — ao mesmo tempo em que autoriza uma exploração petrolífera em área de alto risco ambiental.

Desenvolvimento econômico vs. soberania nacional
Para o governo e para a Petrobras, o licenciamento é uma vitória estratégica: garante que o Brasil continue reduzindo a dependência de importações de petróleo em décadas futuras e estimula a industrialização doméstica, alinhada à visão de um país que deixa de ser colônia exportadora de matéria-prima.
Autoridades citam que a conclusão do processo confirma o diálogo institucional e o protagonismo nacional no setor energético.

Fonte: Diário do Centro do Mundo

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