Moraes cobra laudos e imagens de chacina com 121 mortos no RJ e expõe falha grave do Estado
Ministro do Supremo Tribunal Federal exige transparência após operação que deixou 121 mortos no Rio

O ministro Alexandre de Moraes determinou que sejam entregues ao Supremo os laudos periciais e as imagens de uma operação policial no Rio de Janeiro que resultou em 121 mortes, cobrando explicações e evidenciando a gravidade institucional da situação.
Segundo publicação do portal Brasil247, Moraes apontou que não basta registrar o número de mortes — as circunstâncias, as imagens e as perícias precisam ser tornadas públicas para que o sistema de Justiça, sociedade e imprensa possam desgastar o véu de impunidade que reina sobre essas tragédias.
O episódio revela duas faces chocantes do Estado: por um lado, o aparato de segurança que age com letalidade impressionante; por outro, a falha em prestar contas e entregar o mínimo de documentação para escrutínio. A cobrança de Moraes revela que nem mesmo um massacre com 121 vítimas conseguiu provocar transparência imediata.
Para o campo dos direitos humanos, essa decisão sinaliza que o STF reconhece a gravidade da situação — e que não aceitará que se repita o padrão de mortes em massa sem investigação adequada, sem responsabilização e sem acesso público aos dados. A cobrança de imagens e laudos é o mínimo diante de tamanha barbárie.
Especialistas e ativistas afirmam que casos como esse ajudam a reforçar a sensação de que o Brasil experimenta políticas de “guerra interna”, não de segurança pública — e que a democracia brasileira só será reforçada quando operações com dezenas de corpos deixarem de ser tratadas como “colaterais” e passarem a se converter em processos de responsabilização.
