Sob o comando do secretário licenciado da pasta, São Paulo registra dantesca letalidade policial, fortalecimento de facção e explosão de violações sexuais

A gestão de Guilherme Derrite na Segurança Pública de São Paulo está no centro de uma grave crise institucional e humanitária. Conforme reportagem do portal Diário do Centro do Mundo, o estado acumula dados alarmantes: 813 mortes em operações policiais em 2024, forte avanço da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), e crescimento preocupante de crimes como estupro — tudo sob o signo de letalidade e impunidade.
O panorama expõe que a política de “segurança” adotada sob Derrite assume forma de guerra urbana: repressão intensa, atuação questionável e resultados invertidos. A reportagem destaca que a letalidade elevada não se traduziu em eficácia contra o crime organizado ou maiores garantias para as vítimas de violência sexual — pelo contrário.

Os números e fatos que se acumulam

  • Em 2024, São Paulo registrou 813 mortes em ações policiais, um dos piores índices da história recente.
  • Enquanto isso, a facção PCC ampliou sua presença, aproveitando espaços de poder e estrutura prisional debilitada para se fortalecer — cenário que a gestão do estado não conseguiu frear.
  • Paralelamente, o índice de violência sexual — em especial estupros — acende sinais vermelhos: a reportagem associa o crescimento destes crimes à fragilidade do aparato policial-investigativo e à falta de políticas de proteção e prevenção eficientes.

Crítica da política estadual

Para nós que defendemos a soberania popular, igualdade de gênero e justiça social, o quadro revela um padrão de militarização da segurança que falha em proteger — e que incrementa o dano aos mais vulneráveis.
A lógica do “tira-teima” da polícia, da ampliação de poderes sem contrapartidas institucionais, resultou em mais mortes, em menos investigação qualificada e em continuidade da violência privada (como estupros). Isso é o oposto da segurança democrática que defendemos.
As evidências sugerem que a gestão Derrite priorizou espetáculo de força em vez de políticas integradas de prevenção, de controle institucional da polícia e de impacto real sobre facções e redes de abuso sexual.

Implicações políticas e de direitos

  • A letalidade massiva coloca São Paulo à beira de um estado de exceção de fato, onde a segurança pública se confunde com execução policial e a população mais pobre e negra sofre maior impacto.
  • O fortalecimento do PCC, ao passo que o estado falha em responder, aponta que não há apenas ineficácia — há implosão do modelo de comando estatal sobre o sistema penal e prisional.
  • A emergência dos estupros como dado relevante revela que a estrutura pública de proteção (delegacias da mulher, políticas de acolhimento, investigação especializada) está sendo deixada para trás, enquanto o foco se desloca para operações e mortes.
  • Politicamente, o fato coloca o governo estadual e a máquina bolsonarista local sob grande risco: a promessa de “mão dura” virou calamidade — e o eleitorado que esperava redução de violência vê-se endurecido com mortes e insegurança.

O que precisa ser feito

  • A auditoria pública urgente da letalidade policial e dos resultados das operações, com transparência e participação cidadã.
  • Redirecionar recursos para investigação e prevenção dos crimes sexuais — não só repressão.
  • Desarticular a estrutura de poder do PCC com comando estatal forte, cooperação interestadual, unidades prisionais seguras e combate à impunidade.
  • Fomentar um modelo de segurança que priorize vidas, direitos e dignidade — não apenas “eficácia” medida em mortos ou discursos alarmistas.

Fonte: Diário do Centro do Mundo

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