Transferência para unidade prisional é vista pelo bolsonarismo como gesto simbólico; defesa já prepara caminho para prisão domiciliar rápida

Aliados de Jair Bolsonaro afirmam que sua futura ida ao Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, tem como objetivo “humilhação pública”, mas garantem que o ex-presidente deve retornar ao regime domiciliar em até uma semana. O plano faz parte de uma estratégia de vitimização e mobilização midiática.

Segundo reportagem da Revista Fórum, o bolsonarismo já trabalha com o cenário de que, logo após o início do cumprimento — possivelmente em cela especial — a defesa apresentará um laudo médico que justificará a volta imediata para prisão domiciliar.
O movimento é interpretado como marca da repetição de modelo observado no caso de Fernando Collor de Mello, que cumpriu poucos dias em presídio antes de migrar para prisão domiciliar por motivos de saúde.

Se concretizado, o episódio ganharia forte impacto político-simbolico: pode vir a reforçar a narrativa de perseguição contra Bolsonaro e mobilizar parte de sua base em apoio à figura “sofredora”. Por outro lado, reforça a percepção de que o bloco bolsonarista aceita o marco legal da condenação e se mobiliza para combate político — e não apenas judicial.

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