Davi Alcolumbre prepara retaliação ao governo após indicação de Jorge Messias ao STF
Senador do União Brasil anuncia pauta de alto impacto fiscal como resposta ao fato de ter sido ignorado pelo Executivo na escolha do novo ministro

A tensão entre Executivo e Legislativo rompeu a superfície nesta quinta-feira, quando Davi Alcolumbre, presidente do Senado, anunciou que vai levar à votação na próxima terça–feira um projeto com impacto bilionário nas contas públicas — como resposta direta à escolha de Jorge Messias para o STF sem qualquer aviso prévio ao Senado. Ele afirma que foi “deixado de fora” do processo e decidiu usar o peso da Casa para mostrar que não será mera coadjuvante.
A indicação de Jorge Messias, aprovado por Luiz Inácio Lula da Silva e enviada ao Senado, provocou mal-estar profundo: Alcolumbre contava que o nome de Rodrigo Pacheco, ex-presidente da Casa, fosse considerado ou ao menos comunicado — o que não aconteceu. Segundo interlocutores, o senador avaliou o episódio como desrespeito institucional e decidiu reagir.
O projeto-bomba escolhido para a retaliação regula a aposentadoria especial de agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias, com integralidade e paridade. A iniciativa, de autoria de Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), já foi aprovada na Câmara e agora será pautada no Senado por Alcolumbre. Ele alega que ela “corrige injustiça histórica” — mas especialistas apontam impacto fiscal que varia entre R$ 20 bilhões e R$ 200 bilhões nos próximos anos.
Para o governo, o movimento representa retaliação clara: usar pautas sociais para inviabilizar articulações e alianças estratégicas. Para o Senado, é demonstração de que o comando da Casa não aceitará “ser deixado no vestiário” por um Palácio que decidiu ignorar suas prerrogativas. Com isso, o jogo de poder ganha contornos de crise aberta entre os dois polos.
Se aprovado, o projeto poderá desfigurar o equilíbrio das contas públicas e forçar o Executivo a negociar concessões ou amargar a derrota. E tudo isso nasce como contragolpe de Alcolumbre por não ter sido consultado na indicação de Messias — um episódio que revelou que o Senado pode virar centro de resistência, e não apenas base confortável, no governo Lula.

Isso aconteceu com Eduardo Cunha que criou as emendas parlamentares impositivas que hoje são escândalos que custam bilhões de reais ao povo. Pior que os piores políticos são seus eleitores. Alcolumbre e Hugo Motta, dois crápulas, desqualificados, dominam o Congressoo, ameaça o povo atacando o governo que se vê acoado pela máfia eleita pelo povo brasileiro, ou melhor, por parte dele.