Eduardo Bolsonaro acusa “diferenciação” da Justiça e compara caso de Collor com prisão de Bolsonaro
Deputado reclama de “tratamento desigual” ao pai preso e aponta a impunidade de Collor como exemplo "Collor violou tornozeleira e não foi preso"

Em entrevista concedida ao portal que veiculou recente texto sobre o tema, Eduardo Bolsonaro afirmou que a prisão de seu pai, Jair Bolsonaro, após violação da tornozeleira eletrônica seria exemplo de seletividade da Justiça. Ele citou o caso de Fernando Collor de Mello, alegando que este teria “violado tornozeleira e não foi preso”.
Para Eduardo, a diferença de tratamento evidencia que a Justiça estaria sendo mais dura com seu pai do que com outros políticos — o que ele considera injusto e seletivo.
Ele questionou as medidas impostas a Jair Bolsonaro, afirmando que o rigor desproporcional, comparado a casos anteriores, revela “viés político” no Judiciário.
A declaração aumenta a tensão entre setores bolsonaristas e o Supremo Tribunal Federal. Para críticos dessa argumentação, a comparação com Collor — cujo histórico judicial envolve diversos episódios e especificidades — busca minimizar a gravidade da tentativa de fuga e da acusação de golpe contra Bolsonaro.
O episódio reforça o desgaste da base que ainda defende Jair Bolsonaro: ao mesmo tempo em que tentam construir narrativa de perseguição, crescem os questionamentos sobre impunidade para aliados e rigor seletivo da Justiça.
