Presidente da Câmara proíbe deputados de registrarem presença e votarem fora do Brasil após relato de missão internacional não autorizada

Em uma decisão que reverbera no Congresso, Hugo Motta anunciou que deputados federais não poderão mais registrar presença ou participar de votações plenárias estando no exterior. A medida surge no momento em que Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro se encontram fora do país, supostamente nos Estados Unidos.

Motta baseou sua proibição num parecer interno que interpreta que a presença física na Casa Legislativa é requisito constitucional para a votação dos parlamentares. O presidente da Câmara alegou que não foi informado sobre a viagem de Ramagem e questionou a legitimidade de participação remota em sessões deliberativas.

A restrição atinge em cheio a base que buscou flexibilizar o trabalho remoto e uso de proxies em temas estratégicos. Críticos apontam que o movimento restringe ainda mais o debate e favorece a centralização da agenda pelo comando do Legislativo. Já para a ala governista, a medida reforça a disciplina institucional e impede que parlamentares usem o exterior como escudo para atuar sem supervisão.

Seis parlamentares consultados afirmaram que a medida pode gerar embaraços logísticos e abrirá brechas para questionamento de decisões já aprovadas com quórum reduzido — especialmente aquelas em que a presença contestável de deputados no exterior teve papel relevante. A frase-chave: Motta decide que deputados não podem votar do exterior.

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