Jair Bolsonaro é declarado inelegível até 2033 após decisão de Alexandre de Moraes
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) aplica jurisprudência da Lei da Ficha Limpa para estender a inelegibilidade do ex-presidente

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi declarado inelegível até 2033, em consequência direta da condenação no processo que apurou a trama golpista e da decisão relatora do ministro Alexandre de Moraes no STF. A medida impede Bolsonaro de participar como candidato em eleições por um período de ao menos oito anos após o cumprimento da pena, conforme previsão da Lei da Ficha Limpa.
A condenação de Bolsonaro, que recebeu pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio público tombado, coloca o ex-presidente numa situação política irreversível.
Segundo juristas, com base na Lei da Ficha Limpa, o prazo de inelegibilidade começa a contar após o trânsito em julgado e o cumprimento da pena, o que empurra o bloqueio até 2060 em tese. No entanto, em razão de uma proposta de emenda que limita o tempo de inelegibilidade a oito anos contados da condenação, o prazo foi efetivamente fixado até 2033.
Esse endurecimento da sanção política vai além de mero impedimento eleitoral: representa a aplicação firme de mecanismos institucionais para barrar quem tentou subverter a democracia brasileira. O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, atua como linha de defesa final contra a ofensiva vassalocrata que ameaçou o Estado Democrático de Direito.
A inelegibilidade de Bolsonaro até 2033 marca não apenas o declínio de um projeto político, mas o fortalecimento das instituições republicanas diante de audácias autoritárias. O Brasil dá o recado: quem aposta no golpe e na subversão verá suas aspirações eleitorais sepultadas — e a impunidade, enterrada
