Redação

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), investigado e condenado na ação penal da trama golpista, prepara-se para reproduzir a tática que sua colega Carla Zambelli (PL-SP) empregou em Brasília: solicitar à Câmara dos Deputados que suste o andamento da ação penal contra ele e comprometa a continuidade do procedimento no Supremo Tribunal Federal. A estratégia consta de reportagens recentes e reforça o alerta de que o bloco vassalocrata da extrema-direita tenta utilizar a Casa Legislativa como escudo institucional.

Conforme mostram fontes, a defesa de Zambelli moveu-se para suspender o julgamento até que a Câmara analisasse pedido de sustação da ação penal — tática agora espelhada por Ramagem, que aposta na solidariedade de colegas para retardar ou provocar a anulação do processo contra si.

A diferença é que, ao contrário de Zambelli, Ramagem já recebeu apoio expressivo de deputados para votação que busque trancar o processo no Legislativo. A matéria de capa da CartaCapital informa que o placar de 315 votos favoráveis foi obtido para Ramagem, enquanto para Zambelli a Casa demonstra menos vontade de repetir o benefício.

Para o campo progressista, o movimento evidencia que esse tipo de tática não é exceção, mas parte da mecânica de sobrevivência de uma direita que recorre a artifícios institucionais para se manter acima da lei. A frase-chave “Ramagem repetirá o roteiro de Zambelli” resume esse momento de crise: não se trata apenas de acusação, mas de como se tenta manipular o sistema para escapar da responsabilização.