Chororô de Michelle e broncas de Flávio: os bastidores da reunião do PL após a prisão de Jair Bolsonaro
Em encontro de emergência, a família Bolsonaro olha para salvar o legado e tenta esconder divisão

A reunião realizada no PL na última segunda-feira (24) com o clã Bolsonaro e as bancadas da sigla no Congresso ocorreu em tom de crise: teve choro de Michelle Bolsonaro, broncas de Flávio Bolsonaro e elogio calculado de Carlos Bolsonaro ao deputado Nikolas Ferreira. O encontro durou quase três horas e ocorreu na sede do partido para debater estratégias após a prisão de Jair Bolsonaro.
Michelle Bolsonaro, em lágrimas, relatou que o marido sofre soluços noturnos, vômitos e risco de broncoaspiração enquanto está preso — “sozinho, sem quem o auxilie”, foi a afirmação contida na fala da ex-primeira-dama.
Flávio Bolsonaro, por sua vez, subiu no tom e exigiu unidade interna: “Em várias noites, a preocupação dela era o presidente Bolsonaro em função ali do soluço… ele tá lá agora sozinho. Se acontecer algo, pode ser tarde demais”.
Carlos Bolsonaro, já projetando sua estratégia pessoal, elogiou Nikolas Ferreira como “político de altíssimo nível” e usou o momento para reforçar o poder simbólico da bancada digital da direita.
A reunião abordou ainda temas decisivos para o futuro da extrema-direita vassalocrata:
- A reivindicação de anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro, ponto central da agenda da família Bolsonaro.
- A necessidade de evitar disputas públicas e reduzir “lavagem de roupa suja” no partido, como exigido por Michelle.
- A definição de candidaturas majoritárias para 2026, com Flávio assumindo interlocução com lideranças estaduais.
Para a agenda progressista, este episódio expõe que a direita vassalocrata está em fase de desgaste: o líder preso, a coordenação familiar fragilizada, a sigla em conflito interno. A frase-chave “bastidores da reunião do PL após a prisão de Bolsonaro” sintetiza uma mudança estrutural — já não se trata apenas de aparente poder, mas de coesão real, que falta.
