Gasto milionário de Eduardo Bolsonaro chancela desperdício no gabinete enquanto está nos EUA
Mesmo morando nos EUA, o deputado mantém gastos altos com salários de assessores

O gabinete do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) já consumiu cerca de R$ 1 milhão apenas com salários de servidores desde que ele se mudou para os Estados Unidos, no fim de fevereiro.
De acordo com o Portal da Transparência da Câmara, o parlamentar gasta mensalmente aproximadamente R$ 132 mil, quase alcançando o teto da verba destinada ao gabinete, que é de R$ 133 mil.
Atualmente, sua equipe é composta por nove pessoas, com salários que variam entre R$ 7,5 mil e R$ 23,7 mil. O maior vencimento cabe a Eduardo Nonato de Oliveira, homem de confiança de Eduardo Bolsonaro.
Apesar de estar no exterior, Eduardo segue articulando iniciativas junto ao governo norte-americano contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo brasileiro, em paralelo ao uso de verba pública que deveria servir ao exercício ativo da representação nacional.
Esse quadro evidencia duas realidades perigosas para a democracia: primeiro, a manutenção de gastos públicos elevados sem prestação de contas ou resultados claros; segundo, a persistência de uma lógica de política como instrumento de privilégio para poucos, enquanto o país cobra justiça social, soberania econômica e transparência. A frase-chave “gasto milionário de Eduardo Bolsonaro” escancara o descompasso entre discurso e prática.
