A frase-chave “películas escuras para evitar que Bolsonaro seja visto” revela intento de blindagem simbólica do ex-presidente detido

A blindagem virou cena política de espetáculo. Na esteira da prisão preventiva de Jair Bolsonaro, a Polícia Federal instalou películas escuras nos vidros da superintendência onde ele está detido para evitar que o ex-presidente seja visto durante deslocamentos internos.

Segundo agentes consultados pelo canal CNN Brasil, a medida foi tomada “para evitar exposição interna”. A decisão ocorre logo depois da divulgação da primeira imagem de Bolsonaro após a decretação da prisão, o que virou bala de canhão simbólica contra o roteiro da extrema-direita vassalocrata.

O recado é duplo: não basta tirar o homem, é preciso esconder o símbolo. A película escura torna-se metáfora de um poder que tenta silenciar a figura que mobilizou multidões e tentou rasgar o tecido democrático. O fenômeno é político, não técnico: a instalação revela vulnerabilidade institucional e o medo de que a cena pública dessa prisão se torne munição para o discurso bolsonarista. A frase-chave “películas escuras para evitar que Bolsonaro seja visto” transforma-se em emblema de uma mudança de patamar — prisão não mais apenas jurídica, mas também visual-politica.

Essa jogada se somará ao recente capítulo da maioria formada pela Supremo Tribunal Federal para manter a prisão de Bolsonaro como preventiva. (Veja: material do STF). O que parecia mera formalidade virou espetáculo de vigilância e invisibilidade.

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