Em sessão virtual realizada nesta segunda-feira, o ex-presidente teve a manutenção da detenção preventiva confirmada pelo STF após relato de “alucinação” durante violação da tornozeleira eletrônica

A audiência de custódia realizada em 23 de novembro de 2025 confirmou que Bolsonaro permanece preso preventivamente por tempo indeterminado. A corte entendeu que há risco concreto à ordem pública, à aplicação das medidas cautelares e indícios de violação da tornozeleira eletrônica.

Durante o depoimento à Justiça, Bolsonaro fez uma série de declarações que figuram na ata da audiência. Esses trechos ajudam a entender o contexto que levou à manutenção da prisão.

Principais declarações de Bolsonaro à Justiça:

  • Admitiu que sofreu “uma certa paranoia” por uso recente de medicamentos e que estava com sono entrecortado.
  • Afirmou acreditar que a tornozeleira eletrônica “tinha alguma escuta” e que por isso tentou abrir ou consertar o dispositivo.
  • Informou que possui curso de operação de ferro de solda, tinha o equipamento em casa e usou-o para mexer no monitoramento.
  • Negou qualquer intenção de fuga ou remoção definitiva da tornozeleira, dizendo que “não havia intenção de se livrar dela” e que “não houve rompimento da cinta”.
  • Esclareceu sobre a vigília convocada por apoiadores próxima à sua residência: afirmou que ficava cerca de 700 metros e que “não havia possibilidade de tumulto que facilitasse fuga”.

Com base nesses depoimentos e nos elementos de risco — como a violação da tornozeleira e possibilidade de obstrução da Justiça — o STF manteve a prisão preventiva, reafirmando que o Estado-democrático de direito não pode ser fragilizado por quem o desafia.

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