No dia seguinte à prisão preventiva decretada pelo STF, Michelle adentra a sede da PF em Brasília autorizada por Alexandre de Moraes. Visita acontece após violação da tornozeleira e vira símbolo de resistência bolsonarista

No domingo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro entrou na sede da Polícia Federal em Brasília para visitar Jair Bolsonaro, preso preventivamente desde o sábado por determinação de Alexandre de Moraes. Na decisão, o ministro do STF citou risco de fuga e a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica como fundamentos da prisão.

A visita de Michelle, autorizada no intervalo entre 15h e 17h conforme despacho, simboliza mais do que um ato familiar: representa um recado político claro. Em meio à prisão que visa conter os efeitos golpistas e antidemocráticos do ex-presidente, a entrada da ex-primeira-dama no prédio da PF reforça a narrativa de perseguição alimentada pelo bolsonarismo.

Vale lembrar que Jair Bolsonaro foi preso após admitida tentativa de violar a tornozeleira eletrônica com ferro de solda — episódio que reforçou o argumento institucional de que ele representava risco à ordem e ao cumprimento de medidas judiciais.

Para nós, brasileiros, esse momento marca a escalada simbólica do bolsonarismo: preso em flagrante, o ex-presidente agora se movimenta com apoio externo, dentro das paredes da PF, enquanto o poder judicial reafirma sua autoridade. A imagem de Michelle entrando para visitar o marido na “cela” – ainda que em sala especial da PF – traduz o embate direto entre narrativa de vitimização e aplicação da lei. A visita não enfraquece a prisão; ao contrário, intensifica o debate sobre privilégio, influência política e sistema de justiça em aplicação.

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