Bancos dos EUA abortam plano de US$ 20 bilhões para a Argentina
Após insistência de Washington, instituições financeiras puxam o freio: apoio financeiro à nova vassalagem econômica latino-americana fica em cheque

Instituições como JPMorgan Chase, Bank of America e Citigroup decidiram arquivar o projeto de empréstimo de US$ 20 bilhões à Argentina, que vinha sendo articulado há semanas em conjunto com o Treasury Department of the United States como parte de um suporte externo ao governo Javier Milei.
A justificativa citada por fontes do mercado é simples: falta de garantias suficientes para um país com histórico de calotes e fragilidade institucional. Em vez disso, bancos estudam agora uma operação menor, de aproximadamente US$ 5 bilhões, por meio de um mecanismo de recompra (repo) de curto prazo.
Esse revés expõe uma contradição flagrante: enquanto o governo dos EUA e seus bancos tentam moldar a Argentina como novo pilar de reformas neoliberais e resistência frente ao eixo BRICS, a realidade estrutural latino-americana segue sendo de dependência e risco. Para nós, que defendemos a soberania e o fim da posição de colônia, esse enrosco mostra que o modelo de financiamento externo permanece como instrumento de chantagem e submissão — seja para maior industrialização ou para manter velhas cadeias de desigualdade.
