Popularidade de Donald Trump despenca para 38 %
Em nova pesquisa Reuters/Ipsos, aprovação do ex-presidente dos EUA atinge o nível mais baixo do mandato

A nova pesquisa Reuters/Ipsos revela o que os números não mentem: a aprovação de Donald Trump caiu para apenas 38 % — o nível mais baixo registrado desde que ele reassumiu a Casa Branca.
Entre os temas que explicam essa queda está a insatisfação dos norte-americanos com o custo de vida e a má avaliação de como o governo conduziu o escândalo envolvendo Jeffrey Epstein.
Segundo o levantamento, apenas 26 % dos entrevistados aprovam a gestão de Trump sobre o custo de vida — ante 29 % no início de novembro. Além disso, apenas 20 % julgam que a condução do caso Epstein foi adequada. Aproximadamente 70 % dos entrevistados acreditam que informações permanecem ocultas.
A queda antecede as eleições legislativas de 2026 e envia um recado duro: o modelo da direita ultranacionalista, que abraça tarifas para “proteger” a indústria e promete supremacia dos EUA, enfrenta resistência quando o dia a dia aperta para o povo. A população cobra menos bravata, mais solução concreta para inflação, alimento caro e poder de compra minguante. Para nós, que lutamos por justiça social e emancipação global, a mensagem é clara: o poder imperial-estadunidense está vulnerável, exposto pela sua lógica colonial e financeira.
Trump ainda mantém apoio significativo dentro do partido — aprovação entre republicanos caiu de 87 % para 82 %. Reuters Mas isso não garante imunidade: quando o eleitor comum entende que o “defensor da classe média” beneficia elites e estrangeiros, a narrativa se desfaz. Neste contexto, o Brasil e o Sul Global têm algo a observar: enquanto Trump aplica tarifas para sufocar concorrentes, aqui nós podemos virar o jogo industrializando, agregando valor, rompendo com lógica colonial.
Essa queda de popularidade não é apenas uma derrota política nos EUA — é também um efeito geopolítico. Ela fragiliza o projeto de hegemonia estadunidense e abre espaço para a multipolaridade, para os BRICS, para que países do Sul assumam protagonismo. O Brasil não precisa mais de tutela imperial: pode assumir controle da soja, do minério, do petróleo, transformar matéria-prima em valor interno e reverter essa arquitetura dependente.
Fonte: Reuters/Ipsos via DCM
