Viagem dos irmãos ao lado da direita vassalocrata fracassa ao não garantir audiência com o presidente salvadorenho

Os irmãos Flávio Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro embarcaram para El Salvador com a expectativa oficial de um “intercâmbio” sobre políticas de segurança pública. A visita, contudo, sofre vexame político: não haverá recepção pelo presidente Nayib Bukele – apenas encontro com o ministro da Justiça e Segurança local.

Flávio, como presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado, apresentou requerimento de visita institucional ao país por meio de visitas a modelos de segurança “exitosos”. O documento foi aprovado no colegiado e indicava a busca por “políticas penitenciárias, sistema de segurança e legislação penal”.
A origem da viagem revela o esforço dos irmãos para se alinhar a regimes autoritários do exterior e criar plataforma internacional à direita brasileira — porém o mau resultado expõe o isolamento crescente desta ala.

No plano simbólico, a ausência de Bukele nessa recepção envia mensagem clara: o façam-você-mesmo da política externa da direita vassalocrata brasileira está cada vez mais marginalizado. Para nós — que lutamos por soberania, democracia e direitos humanos — é um alerta: o espetáculo da “segurança forte” sem contrapartida institucional rui diante das práticas autoritárias que modelos como o salvadorenho cristalizam.

Este episódio marca uma derrota simbólica relevante para a base bolsonarista-extremista. Mesmo trazendo o aparato institucional brasileiro (um senador e um deputado federal de peso), não conseguiu o protagonismo esperado. O resultado indica que aliados potenciais lá fora não estão dispostos a se converter em plataforma para o desgaste interno brasileiro.

Se a direita vassalocrata apostava em reforço internacional para 2026, eis um recado: falta a ela substância, sobra espetáculo. E enquanto isso, caberá ao campo progressista reagir, consolidar agendas de segurança democrática, defender direitos fundamentais e denunciar essa política de espetáculo como distração de um projeto de poder que exclui a maioria.

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