Em pronunciamento público, o governador Romeu Zema acusa o deputado de atuar com vaidade internacional e ferir a soberania nacional

O governador Romeu Zema, do partido Novo, disparou críticas severas nesta quarta-feira ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), afirmando que ele “colocou interesses pessoais acima do país” ao atuar nos Estados Unidos em momentos sensíveis para o Brasil.
Segundo Zema, “não podemos colocar o interesse pessoal ou particular de alguém acima do interesse de uma nação”. Ele enfatizou que “nenhuma pessoa é mais importante que este país. Nem um presidente.”

O ataque e o posicionamento

Na coletiva, Zema acusou Eduardo Bolsonaro de mobilizar ações no exterior que prejudicaram a imagem e os interesses nacionais. “Me parece que, naquele momento, ou ele não se manifestou bem ou fez algo que deu a entender isso, que uma pessoa é mais importante que um país.”
O governador também admitiu que o episódio foi “ruim para a direita”, mas disse esperar que o caso fique para trás enquanto ele busca firmar sua pré-candidatura presidencial com uma postura liberal e menos alinhada à radicalização da família Bolsonaro.

Por que isso importa

Essa declaração de Zema abre diversas frentes de análise:

  • Crise interna na direita: Mostrar um integrante relevante da direita atacando abertamente outro reforça que o campo vassalocrata está dividido, desorientado e vulnerável.
  • Soberania nacional em risco: Quando figuras políticas agem com interesses próprios ou familiares — especialmente no cenário internacional — coloca-se o país em posição subalterna ou de risco estratégico.
  • Narrativa de justiça social e democracia: Para quem defende igualdade, soberania e democracia, essa disputa revela que a retórica de “direita forte” pode esconder vaidade, influência externa e falta de compromisso com o coletivo.

Consequências políticas

  • A fala de Zema pode minar o projeto de Eduardo Bolsonaro como principal nome da direita para 2026, ao questionar sua lealdade ao país e não apenas aos interesses de clã.
  • Zema tenta se reposicionar como alternativa genuína da direita liberal, afastando-se das práticas familiares e do espetáculo autoritário — o que pode atrair eleitores desencantados com o bolsonarismo.
  • No jogo eleitoral, esse embate sinaliza que a disputa interna na direita será acirrada — e isso abre espaço para que o bloco de esquerda amplie sua base de apoio e fortaleça discurso de “mudança de foco”.

Conclusão

A acusação de Romeu Zema contra Eduardo Bolsonaro é mais do que um desentendimento político: é o desnudamento de uma engrenagem de poder centrada em interesses pessoais, nepotismo e espetáculo. Para nós que defendemos justiça social e soberania, é hora de denunciar esse tipo de política e reafirmar que o país vem antes de egos. Alerta ligado: a direita está fraturada — e o Brasil pode emergir desse racha para se reencontrar com democracia, igualdade e participação cidadã.

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