Edson Fachin rejeita pedido de suspeição de Moraes e mantém julgamento de Eduardo Tagliaferro
Decisão do presidente do STF enfraquece manobra da defesa e reafirma autoridade da Corte frente a ataques da direita

O presidente do STF, Edson Fachin, rejeitou o pedido da defesa de Eduardo Tagliaferro para declarar o ministro Alexandre de Moraes suspeito no processo que investiga o ex-assessor por obstrução da Justiça e tentativa de golpe.
A defesa de Tagliaferro argumentava que Moraes acumulava papéis de “juiz, vítima e acusador”, circunstância que, segundo o advogado, comprometia a imparcialidade do julgamento.
O que motivou o pedido
Eduardo Tagliaferro, ex-servidor da Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ex-assessor especial da desinformação, foi denunciado pela Procuradoria‑Geral da República por revelar diálogos sigilosos entre servidores do TSE e do STF — em tese ligados à trama de golpe de Estado de 2023.
Na arguição, a defesa alegou que o relator Alexandre de Moraes teria ligação direta com o caso e, portanto, não poderia julgar com imparcialidade.
A decisão de Fachin e seu impacto
Fachin, ao negar o pedido, reafirmou a competência da Corte e deixou claro que a suspeição não se aplicava nas circunstâncias levantadas pela defesa.
Esse posicionamento sinaliza que o STF segue resistente a tentativas de judicializar processos políticos com o objetivo de protelar julgamentos ou minar a autoridade de relator.
Por que isso importa
Para a linha editorial que defendemos — justiça social, igualdade e cidadania ativa — a decisão representa um avanço institucional:
- Mostra que os mecanismos do Estado de direito estão operando e não cedendo facilmente à lógica da impunidade ou ao enfraquecimento de tribunais.
- Reforça que o combate à desinformação e ao ataque à democracia não será alvo de manobras sub-legais ou de estratégias de bullying judicial.
- Expõe que a direita vassalocrata, ao tentar minar a autoridade de Moraes, revela seu desespero diante da resposta institucional ao golpe de 2023.
O que observar daqui para frente
O julgamento de Tagliaferro está previsto para ocorrer na Primeira Turma entre os dias 7 e 14 de novembro. A manutenção de Moraes no processo reforça que o mérito será julgado com relatoria e que não haverá deslocamento automático para outro ministro.
Cabe à sociedade acompanhar de perto se esse tipo de tribunal seguirá firme ou se será alvo de novas tentativas de pressão e retaliação política.
