Sabatina de Paulo Gonet expõe desespero da direita e tensão institucional no Senado
Enquanto Gonet reafirma que PGR age sem bandeiras partidárias, senadores ligados ao bolsonarismo o acusam de cumplicidade e promovem embate agressivo

Na manhã desta quarta-feira (12/11/2025), o Senado realizou a sabatina de Paulo Gonet para a sua recondução à PGR, em clima de desgaste e confronto político. Durante a sessão, o procurador-geral afirmou que a instituição atua com “critério técnico-jurídico” e não com “as cores das bandeiras partidárias”.
Por outro lado, senadores da direita – especialmente aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro – reagiram com fúria: o senador Flávio Bolsonaro acusou Gonet de “aceitar passivamente o enfraquecimento do MPF” e chamou a recondução de “fraude”.
A crise da direita
O tom agressivo evidenciou que a direita está em alerta máximo:
- Flávio Bolsonaro acusou a PGR de “cúmplice de perseguições políticas”, afirmando que Gonet “participa de uma farsa judicial”.
- Outros senadores da base golpista lembraram que a recondução de Gonet está vinculada à denúncia contra Bolsonaro e aos processos que envolvem a tentativa de golpe de 2023.
- O embate público e intenso expõe o desespero de uma direita que vê enfraquecer seus quadros e sua narrativa de vitimização institucional.
O que Gonet defendeu
Gonet respondeu pontuando que:
- A PGR “não faz denúncias precipitadas” e não age sob aspirações de “aplauso transitório”.
- A atuação da instituição se dá em autos e com respeito ao sigilo judicial, reforçando que não é instrumento de retaliação política.
Por que isso importa
Para nós, que defendemos justiça social e fortalecimento das instituições democráticas:
- O confronto escancarado revela que a disputa não é apenas eleitoral, mas institucional — trata-se do controle do Estado e da impunidade.
- A direita desesperada busca proteger seu legado e evitar responsabilidades, enquanto a PGR reconduzida pode atuar com mais firmeza.
- A transparência da sabatina indica que a independência institucional está sendo testada — o que significa que o caminho está aberto para mais rigor no enfrentamento da corrupção e do golpe.
Conclusão
Essa sabatina de Paulo Gonet foi menos um ritual formal e mais um termômetro da fragilidade da direita vassalocrata frente à justiça. O embate simboliza um ponto de virada: ou as instituições reafirmam sua autonomia, ou cedem à pressão política. Para nós, é hora de cobrar coerência, investigação séria e uma PGR que represente a cidadania — não a impunidade de elites.
