Redação

A atriz Regina Duarte, que ocupou o cargo de secretária especial da Cultura no governo de Jair Bolsonaro por breve período, publicou nesta segunda-feira (10) apoio público ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como possível candidato à Presidência da República em 2026. Segundo a Veja, ela afirmou que o parlamentar é “a proposta mais inspiradora” para o país com que ela sonha.

Em declaração nas redes sociais, Regina Duarte recordou sua passagem pelo governo Bolsonaro, dizendo que o convite fazia parte de um chamado de quem ela admirava — e continua a admirar. Ela usou a expressão “o país com que eu sonho” para justificar o apoio a Flávio Bolsonaro.

Para analistas do campo progressista, o movimento carrega simbologia política forte: trata-se de um prestígio simbólico que a atriz — professora do movimento conservador religioso e midiático — oferece ao clã Bolsonaro, reforçando o link entre setor cultural, identitário e a estratégia eleitoral da direita. Por outro lado, esse tipo de apoio indica que Flávio Bolsonaro, até então em fase de construção de imagem, busca legitimação externa para se projetar nacionalmente.

Implicações políticas

• O apoio de Regina Duarte funciona como endorsement de forte apelo entre eleitores conservadores, religiosos e de direita, ajudando a compor imagem de Flávio Bolsonaro como “pretorianismo cultural” do bolsonarismo.
• No entanto, essa articulação também evidencia o desafio para o partido: transformar apoios simbólicos em base eleitoral real e consolidar nomeações em meio a crise jurídica e institucional da família Bolsonaro.
• Para Regina Duarte, o gesto marca um posicionamento claro e irreversível — o que pode alienar parcela de seu público que não compactua com o bolsonarismo — e indica também que ela está reaparecendo politicamente alinhada ao núcleo do PL.