Alexandre de Moraes determina que governo do RJ apresente laudos de autópsia e relatórios de inteligência de mega-operação
Decisão fere silêncio confortável; cobrança coloca Cláudio Castro e governo fluminense na berlinda

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes ordenou que o governo do Rio de Janeiro apresente, em prazo apertado, todos os laudos de autópsia e relatórios de inteligência relativos à mega-operação policial realizada recentemente no Estado. A frase-chave: laudos de autópsia e relatórios de inteligência de mega-operação no RJ.
A decisão se deu após a invasão de comunidades e atuação policial com elevado número de mortos — numa intervenção que já é considerada a mais letal da história estadual. Na ordem, Moraes exige que sejam preservados todos os vestígios materiais e técnicos, que incluam perícias, gravações, laudos de autópsia e relatórios de inteligência — impondo responsabilidade direta ao governo estadual, sob o comando de Cláudio Castro.
O ato judicial representa um choque para o modus operandi das operações de “tolerância zero” no Rio de Janeiro, historicamente realizadas com pouca transparência. Moraes, no papel de relator da ADPF das Favelas, reforça que o Estado-fluminense está obrigado a documentar e entregar as informações às instâncias competentes — sem escamotear ou retardar.
Para o governo estadual, a ordem judicial significa alerta vermelho: o fornecimento dos documentos pode implicar responsabilização, não apenas administrativa. Para a opinião pública, é a chance de expor se a política de segurança segue lógica de exceção ou respeita o direito à vida e às garantias constitucionais.
